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QUALIDADE DO AR como tópico material ESG

Um resumo de setores intensivos em emissões atmosféricas e indicadores necessários para gestão e acompanhamento deste tópico.

Neste artigo, trataremos das emissões atmosféricas contendo poluentes que podem ter impactos significativos na saúde humana e no meio ambiente. Como exemplos de emissões poluentes podemos citar: dióxidos de enxofre (SOx), óxidos de nitrogênio (NOx), material particulado (MP), metais pesados (mercúrio, chumbo por exemplo), compostos orgânicos voláteis (VOCs ou COVs) e outros poluentes perigosos como os clorofluorcarbonetos. Neste artigo, não abordamos as emissões de gases de efeito estufa (GEE) que geralmente constitui um tópico separado relativo aos efeitos de aquecimento global e mudanças climáticas.

Tais emissões atmosféricas são geralmente originárias de fontes estacionárias (por exemplo, fornos, usinas de geração de energia) e móveis (por exemplo, caminhões, veículos de entrega, aviões), bem como emissões de processos industriais. Desta forma, setores que geram grandes volumes de emissões ou emitem poluentes perigosos devem buscar mitigar tais impactos, implementando tecnologias de processo ou tratamento, realizando monitoramento e gestão destas emissões.

Os impactos financeiros resultantes das emissões atmosféricas variam dependendo da localização específica das operações e dos regulamentos de emissões atmosféricas aplicáveis. O gerenciamento ativo do problema – por meio de melhorias tecnológicas e de processo – pode permitir que as empresas limitem os impactos de regulamentações de qualidade do ar cada vez mais rigorosas em todo o mundo. As empresas também podem se beneficiar de melhorias na eficiência operacional que levam a uma estrutura de custos mais baixa ao longo do tempo.

O SASB (Sustainability Accounting Standard Board), que atualmente faz parte da Fundação IFRS (International Financial Reporting Standards), desenvolveu padrões para divulgação de resultados em sustentabilidade que identificam o subconjunto de questões ambientais, sociais e de governança mais relevantes para o desempenho financeiro e o valor das empresas de forma específica para 77 setores econômicos (ou indústrias). A audiência para qual estes padrões são direcionados é principalmente a de investidores, refletindo suas preocupações.

Segundo essas normas, como parte do tópico Ambiental, o sub-tópico “QUALIDADE DO AR” foi mapeado como material para cerca de 17 setores entre os 77, ou seja 22% (1). Para estes setores, o relato de indicadores (métricas), descrição de políticas e estratégias para evitar a poluição atmosférica é requerido, tendo-se em vista seu impacto financeiro.

Abaixo são listados de forma agrupada os principais setores onde as emissões atmosféricas precisam ser identificadas, geridas e relatadas:

– Processamento de Matérias Primas e Minerais: fabricação de materiais de construção; produtores de ferro e aço; mineração e metalurgia; petróleo e gás (incluindo exploração e produção, midstream, refino e comercialização).

– Infraestrutura: geração e fornecimento de energia; gestão de resíduos.

– Recursos renováveis e energias alternativas: biocombustíveis; papel e celulose.

– Indústria de transformação: químico; embalagens;

– Transporte: frete e logística aérea; cruzeiros e transporte marítimo; transporte rodoviário e ferroviário.

É importante lembrar que a listagem feita aqui não pretende ser exaustiva ou eximir determinados setores das preocupações a respeito da qualidade do ar. Cada empresa precisa analisar seus impactos em relação a este tópico: processos, produtos e matérias primas utilizados e capazes de gerar emissões.

Indicadores de emissões atmosféricas

Os principais indicadores a serem mapeados e geridos adequadamente para as atividades intensivas em emissões atmosféricas geralmente envolvem a contabilização das emissões absolutas (em toneladas) dos gases poluentes resultantes de suas operações, conforme o caso e aplicação.

Alguns exemplos, a serem aplicados caso a caso, são:

(1) CO

(2) NOx (excluindo N2O)

(3) SOx

(4) material particulado (total, PM10, PM2,5)

(5) mercúrio (Hg)

(6) chumbo (Pb)

(7) compostos orgânicos voláteis (VOCs ou COVs).

(8) outros poluentes atmosféricos perigosos (HAPs ou Hazardous Air Pollutants) como os definidos pela USEPA (United States Environmental Protection Agency), ou seja, poluentes conhecidos ou suspeitos de causar câncer ou outras doenças graves, efeitos na saúde, como efeitos reprodutivos ou defeitos congênitos, ou efeitos ambientais adversos. (2)

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Referências: